segunda-feira, 13 de maio de 2013

O desporto une e orgulha a Espanha

A Espanha vive tempos social e economicamente muito difíceis, porque a crise é muito severa e gera recessão e altíssimo desemprego. As medidas de austeridade adoptadas têm gerado grande contestação e libertado tensões acumuladas ao longo da história, de que o exemplo maior é o renascimento do soberanismo. O soberanismo não é um problema novo e existe desde que a Espanha se formou no século XVI, centralizada em torno de Castela e da sua capital, o que sempre gerou tensões entre o centro e as periferias, ou entre o centro continental e as sensibilidades marítimas mediterrânicas e atlânticas.
Apesar desse quadro de diversidade cultural e linguística, há muitos factores de identidade nacional, desde os estereótipos da sesta, do jantar tardio e da passeata nocturna pelas ruas, até ao património cultural comum expresso na monumentalidade das suas cidades-museu e nas suas grandes figuras como Picasso e Salvador Dali, Plácido Domingo e José Carreras, Penélope Cruz e António Banderas, para só mencionar alguns.
Porém, o grande factor de unidade nacional é o desporto, como se viu em 2010 quando a selecção espanhola conquistou o Campeonato do Mundo de Futebol. Foi um momento de grande orgulho nacional e, nessa equipa, juntaram-se jogadores representativos das diferentes sensibilidades espanholas. Ontem, Fernando Alonso e Rafael Nadal triunfaram desportivamente. As televisões de todo o mundo mostraram. Os jornais relataram e mostraram as fotografias. É mais um caso do orgulho e da unidade espanhola pela via do desporto, como o jornal ABC destaca.

 

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