O Fundo Monetário Internacional (FMI) produziu um relatório sobre o programa de ajuda à Grécia que levantou muita polémica e que, no essencial, assume que a situação económica grega foi mal estudada e que foi subestimado o impacto da austeridade, além de criticar os seus parceiros da troika. Segundo o FMI, o programa de apoio à Grécia foi mal concebido e essa crítica tem-se repetido porque os dois planos de ajustamento negociados produziram uma recessão maior do que era esperado, não reduziram a dívida grega que já atingiu 175% do PIB e levaram o desemprego para um valor de quase 30%.
Os erros cometidos na Grécia pela troika, também parece estarem a verificar-se em Portugal, pois estão a conduzir ao agravamento da recessão, da dívida, do desemprego e da coesão social. Tudo ou quase tudo tem piorado. Assim, é cada vez mais evidente que é necessária uma renegociação do memorando e do programa de ajustamento, pois até muitos dos apoiantes do governo já viram que a estratégia do passos-gasparismo está errada e as críticas à troika e aos seus erros aumentaram, mesmo no círculo mais próximo do Ministro das Finanças. E, pasme-se, também ele veio reconhecer que tem errado e que “seria demasiado demorado apontar os erros que já cometeu”, tendo dado como exemplo o facto de ter pensado fazer a consolidação das contas públicas sem primeiro fazer a reforma do Estado. No mesmo dia e com o seu habitual ar de arrogância intelectual, o mesmo ministro cometeu um grave erro científico ao atribuir às condições meteorológicas a quebra na construção civil e a queda do investimento.
São demasiados erros e prejuízos. São demasiados sofrimentos e angústias. Porque não se demite?
São demasiados erros e prejuízos. São demasiados sofrimentos e angústias. Porque não se demite?
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