O Jornal de Notícias revelou hoje um caso
insólito relativamente a um funcionário da Segurança Social de Lisboa que
provocou um prejuízo de mais de 500 mil euros ao Estado. De acordo com a
notícia, durante cerca de um ano o referido funcionário efectuou milhares de telefonemas para linhas de valor
acrescentado através do telefone fixo do serviço em que trabalhava e lhe estava
atribuído. A maioria das chamadas terá sido feita para linhas que dão acesso a
sorteio de prémios em dinheiro e outros bens.
Este caso, que não é invulgar, só acontece quando a
gestão é incompetente. De facto, estes casos de utilização de bens públicos
para fins privados, podem acontecer devido a comportamentos abusivos e são potenciadas em
situações em que existem muitas linhas telefónicas e muitos utilizadores, mas
também em relação a muitos outros bens, desde o uso de
viaturas até ao uso de fotocopiadoras. Para prevenir essas situações, existe o controlo de gestão, isto é, os
responsáveis pela gestão têm que analisar regularmente a estrutura de custos da
sua organização, ou os respectivos balancetes mensais, para detectar as rubricas que
revelem ou possam vir a revelar situações anómalas ou desvios orçamentais. Não é um caso de
perseguição pidesca de funcionários, mas um simples caso de prevenção e defesa
do erário público. Por isso, no caso reportado pelo Jornal de Notícias não podemos deixar de também apontar o dedo aos
responsáveis pela gestão que, por incompetência ou omissão, não viram e deixaram que durante um ano
acontecesse o que aconteceu.
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