A EDP e os interesses que giram à sua
volta são privados e não correspondem aos interesses do povo português. Não
devia ser assim, mas foi isso que quiseram os que nos governam. Os seus lucros superam
os mil milhões de euros anuais e são verdadeiramente obscenos, num país em que
a desigualdade e a pobreza se agravam e são chocantes. A EDP e a sua gente engordam
à nossa custa. No ano de 2013 as famílias portuguesas gastaram quase 6% do seu
rendimento disponível na conta da eletricidade, o que corresponde à maior
factura entre os países da União Europeia e, neste ano de 2014 será ainda
maior, já que o preço da electricidade voltou a subir (2,8%) e os consumidores
tiveram quebra dos seus rendimentos. Pagamos a quarta energia mais cara da
União Europeia, em paridade de
poder de compra, de acordo com um estudo elaborado pelo Eurostat com base
nos preços referentes a Julho de 2013. Neste quadro de verdadeiro assalto às
famílias portuguesas e de escandalosa protecção à EDP, há espaço para acomodar alguns
amigalhaços, que nem precisam de tachos, nem percebem nada de electricidade. É
gente que aceita estes lugares apenas por egoísmo, por vaidade e por ganância,
sem pensar nos sacrifícios e nas incertezas por que passam os seus concidadãos.
É gente sem pudor e sem vergonha. O Correio da Manhã divulgou hoje os
seus nomes e os valores milionários que recebem. São catrogas e cardonas, são
macedos e mateus. Ocorre-me o Manifesto Anti-Dantas de José de Almada-Negreiros,
porque esta gente que está acantonada na EDP é a versão moderna do Dantas.
O
Dantas é o escárneo da consciência!
Se o Dantas é portuguez eu quero ser
hespanhol!
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