Ontem em Madrid,
na praça de Las Ventas, que é a segunda maior praça de touros do mundo e que
tem capacidade para 25 mil espectadores, durante uma corrida integrada nas Fiestas de San Isidro, sucederam-se três
graves acidentes que deixaram três toureiros feridos, um dos quais em estado
muito grave. Foi uma tarde de angústia e nas suas edições de hoje, muitos
jornais espanhóis relatam os acontecimentos e ilustram as suas primeiras
páginas com fotografias dos acontecimentos. O diário madrileno La
Razón, escolheu o título “drama histórico en Las Ventas” e escreveu “tanta
angustia en una sola corrida”, pois foram apenas dois touros que, em menos de uma hora, tinham mandado três toureiros para a enfermaria. A corrida foi
suspensa, numa decisão que não acontecia desde 1979 e, quando essa suspensão
foi anunciada, o público permaneceu silencioso nas bancadas esperando com
ansiedade pelas notícias do drama que se desenrolara perante os seus olhos e os
seus entusiasmos.
As Fiestas de San Isidro são consideradas a
maior festa da cidade, celebram-se anualmente desde meados de Maio até meados
de Junho e incluem a chamada Feria
Taurina de San Isidro ou Isidrada que, com corridas diárias, recebe sempre os melhores
toureiros do momento.
Não sou
apreciador da chamada festa brava, nem como espectáculo, nem como negócio, nem
sequer como expressão de arte ou de cultura tauromáquica ou outra. Passo muito bem sem a
festa brava e lamento o dramatismo e a tragédia que tantas vezes lhe está
associada e que se revela em situações como a que se viveu ontem em Las Ventas
e mandou David Mora, António Nazaré e Jimenez Fortes para a enfermaria.
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