A edição de hoje
da France
Football destaca uma grande reportagem com o treinador português José
Mourinho. Trata-se de um acontecimento relevante no plano mediático porque aquela
revista francesa tem uma enorme reputação no campo do futebol internacional,
não só pela sua qualidade editorial, mas também porque em 1956 criou o Ballon d’Or que anualmente premiava o
melhor futebolista do ano na Europa e que em 2010 se fundiu com o prémio
atribuído pela FIFA para se transformar no FIFA
Ballon d’Or. Não há muitos
portugueses que, em qualquer domínio, tenham conseguido notoriedade
internacional, mas o treinador Mourinho é um deles, tendo sido considerado pela
FIFA como o melhor treinador do mundo em 2010. O seu palmarés desportivo como
treinador é muito rico e inclui 20 títulos, dos quais duas Ligas dos Campeões e
sete Campeonatos Nacionais em Portugal
(2), Inglaterra (2), Itália (2) e Espanha (1).
A revista
classifica-o como “l’emmerdeur”, isto é, o homem que desafia, que incomoda, que
cria encrencas. É, seguramente, um enorme elogio. De facto, só saem do
anonimato e triunfam no competitivo mundo do futebol (como em outras
actividades humanas) aqueles que desafiam os equilíbrios existentes, que são
capazes de inovar e que têm a receita para mobilizar os seus públicos, quer
sejam adeptos, leitores, consumidores ou eleitores. Mourinho tem sido exemplar
nesse aspecto e, como diria o humorista, ele é mesmo um verdadeiro artista.
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