Vários
jornais franceses, entre os quais o Sud Ouest que se publica em Bordéus,
destacam hoje nas suas primeiras páginas a partida de Rochefort da réplica
da fragata L’Hermione com rumo à
América, 235 anos depois da viagem em que seguiu o jovem Gilbert du Motier,
marquês de La Fayette. Então com 23 anos de idade, o marquês partiu no dia 20
de Março de 1780 para se juntar aos revoltosos americanos comandados pelo
general George Washington e para lhes anunciar a chegada eminente de reforços
franceses. Colocado no comando das tropas da Virginia, tornou-se um quase filho
adoptivo de Washington, tomou parte nas grandes batalhas que levaram à derrota
dos ingleses e tornou-se um verdadeiro herói nacional dos Estados Unidos com o
nome americanizado de Lafayette. Os franceses decidiram evocá-lo como “o símbolo
eterno da amizade franco-americana” e para isso decidiram construir uma réplica do L'Hermione.
A sua construção demorou 18 anos de pesquisas históricas, estudos
e angariação de fundos para fazer aquele que os franceses afirmam ser o maior
navio histórico a navegar, no qual serão usadas as técnicas tradicionais de
manobra e navegação.
O
navio é comandado por Yann Cariou, tem 54 tripulantes com uma média de idades
de 27 anos, dos quais um terço são mulheres. A chegada às costas da Virginia
está prevista para o dia 5 de Junho e, depois, o navio visitará 11 portos ao
longo da costa americana, entre os quais Baltimore, Filadélfia, Nova York,
Newport e Boston. O ponto alto desta viagem-memória será no dia 4 de Julho na
Grande Parada de Nova York. Como é costume neste tipo de viagens dos veleiros
ocidentais ao novo mundo, esperam-se muitos milhares de espectadores e de visitantes
nos portos visitados, assim como milhares de pequenas embarcações à vela e a
motor a escoltar o L’Hermione nas entradas e saídas dos
portos visitados.
No
dia 28 de Agosto de 2015 o navio estará de novo em Rochefort.
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