A administração
do território de Macau foi transferida em 1999 para as autoridades chinesas,
ficando constituida a Região Administrativa Especial de Macau da República
Popular da China (RAEM). Houve nessa altura muitas declarações elogiando o
esforço feito pelas autoridades portuguesas para modernizar o território, mas
também pela política de preservação da sua herança cultural e, em especial, do
seu património edificado. As novas autoridades macaenses deram continuidade à
política cultural dos portugueses e em 2005 viram o centro histórico de Macau
ser classificado pela UNESCO e incluída na World Heritage List.
O diário Hoje
Macau, um dos quatro jornais que em Macau se publicam em português, ilustra
a capa da sua edição de hoje com uma fotografia do farol da Guia e informa que
o nome e as plantas de delimitação geográfica de vários imóveis que fazem parte
do património do território estão a ser alterados por iniciativa do Instituto
Cultural de Macau. Pretendem-se adoptar nomes mais de acordo com a história e
que também sejam mais esclarecedores para os milhões de turistas que visitam
Macau. As famosas ruinas de São Paulo passarão a incluir a palavra igreja na sua nova designação e a
fortaleza da Guia passará também a incluir a palavra ermida no seu nome. O diário macaense informa, ainda, que entre o
património que já está ou se prevê esteja em restauro a curto prazo, se
encontram as Oficinas Navais, um edifício a que tantos portugueses estão
profissional e emocionalmente ligados.
Não há dúvida que
se trata de sinais que mostram o interesse chinês na preservação da história e
do patrimonio cultural da cidade a que, desde 1586, os portugueses chamaram a
Cidade do Nome de Deus do Porto de Macau na China.
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