Embora alguns
canais de televisão tivessem mostrado breves imagens da destruição do campo
arqueológico de Palmyra ou de parte dele, poucos jornais destacaram esse
episódio que a UNESCO já classificou como “crime de guerra” e como uma imensa
perda para o povo sírio e para a Humanidade. Além disso, um dos mais
importantes arqueólogos sírios responsável pelo campo de Palmyra foi
assassinado porque não terá revelado os locais onde terá escondido algumas das
mais valiosas relíquias históricas da cidade. Esta acção dos jihadistas do
Estado Islâmico é mais um dos seus criminosos ataques a locais históricos e
arqueológicos, com o fim de privar os povos das suas memórias históricas e da
sua identidade, o que tem sido feito por este e por outros grupos radicais no
Afeganistão, no Iraque e, agora, na Síria.
Trata-se de mais
um exemplo da catástrofe e da desagregação que se verifica em diversas regiões bem próximas da Europa,
não só mas também como resultado da ignorância ocidental e das suas intervenções
punitivas, das suas alianças e das suas mesquinhas vinganças contra quem garantia estabilidade, dos seus interesses menores e da sua hipocrisia.
A antiga cidade
de Palmyra está classificada pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade
e era um símbolo bem preservado da herança cultural greco-romana. A edição de
ontem do jornal hojemacau destaca em
primeira página e com grande relevância a destruição dessa memória do mundo que
é o campo arqueológico de Palmyra, não deixando de ser curioso o facto de,
aparentemente, nenhum outro jornal internacional ter dado semelhante destaque a
essa notícia, como o fez um jornal macaense escrito em português.
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