Tal qual
acontecera em Portugal, a Direita que governou a Espanha e que aplicou duras
políticas de austeridade à sociedade espanhola, também foi afastada do poder.
Nas eleições legislativas ontem realizadas, o PP obteve uma maioria de 28%
contra 22% do PSOE, um resultado muito semelhante ao que acontecera em Portugal
em Outubro passado quando as forças políticas homólogas portuguesas tiveram 38%
e 32%, isto é, os mesmos 6% de diferença. Assim, o PP perdeu a sua maioria absoluta
e a hipótese de governar sozinho. Dessa forma, a política espanhola “abre
espacio a los pactos” como hoje salienta El País e, tal como cá, também
aquela fantasia do “arco da governação” acabou. A política espanhola tem agora
que contar com o Podemos (20%), com os Ciudadanos (14%) e com cerca três
dezenas de deputados que representam partidos e forças políticas regionais.
Aparentemente, será mais difícil encontrar uma solução governativa, embora
sejam tantas as combinações possíveis que certamente não haverá necessidade de
marcar novas eleições. Ontem, uma das curiosidades esteve nas declarações
prestadas pelos líderes partidários, pois todos estiveram de acordo: o PP de
Mariano Rajoy deve procurar uma solução governativa, mas ninguém excluiu outras
soluções, incluindo a “solução portuguesa” que por cá fez muita gente perder o
bom senso e as boas maneiras, a começar nessa figura sem expressão eleitoral
que é o troca tintas do Portas e os seus acéfalos seguidores.
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