As eleições
presidenciais portuguesas realizam-se no próximo domingo e parece que não estão
a interessar os eleitores que revelam alguma indiferença, talvez porque há
vários candidatos de grande credibilidade para a função. Não tem havido crispações
nem ânimos exaltados. Não tem havido ataques pessoais. A democracia está a
funcionar. Assim, cada português pode escolher com tranquilidade o candidato
que melhor se ajuste aos seus desejos, porque sabe que o seu futuro presidente
vai ser melhor do que aquele que esteve em Belém nos últimos dez anos.
Essa
realidade é básica e muito animadora, isto é, estamos em vias de nos vermos livres
de alguém que nunca percebeu o que era a função presidencial e cujo estilo boliqueimístico
enervava muita gente. Naturalmente que ninguém no mundo se interessa pelas eleições
presidenciais portuguesas, até porque há muitos outros assuntos bem mais preocupantes
um pouco por todo o lado. Por isso, é bem curioso o que faz hoje o jornal moçambicano
O
País ao destacar as eleições portuguesas na sua primeira página, com a
fotografia dos principais candidatos. Não
se trata apenas de valorizar editorialmente um acontecimento político no quadro
da Lusofonia, mas também de revelar interesse pelo que se passa em Portugal, que
tão fortes afinidades históricas e culturais tem com Moçambique.
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