Terminou a Copa
América Centenário 2016 e, no jogo da final, a equipa do Chile venceu a equipa da
Argentina, depois de 120 minutos sem golos e com a discussão final a ser feita
através de remates da marca de grande penalidade. Nessas condições, tudo pode
acontecer e, nesta final, foi a Argentina que perdeu. O problema foi que essa
derrota resultou de uma defesa do guarda-redes chileno e de um remate que nem
acertou na baliza feito por Leonel Messi, o capitão da equipa e a grande
estrela do futebol argentino e mundial.
A imprensa
argentina, incluindo o diário Clarin que se publica em Buenos
Aires, destaca hoje nas suas primeiras páginas a fotografia de Leonel Messi
vergado pela derrota e pelo seu remate falhado, descrevendo a “maldição” que
persegue a sua equipa de futebol que vive um jejum de 23 anos sem qualquer
título internacional e que já acumula sete derrotas em sete finais mundiais ou
americanas. O próprio Messi acaba por ser um símbolo desse jejum, pois tendo
vencido cinco troféus da Bola de Ouro para o melhor jogador do mundo, já soma
quatro finais e quatro derrotas na Copa América (2007 com o Brasil, 2015 e 2016
com o Chile) e no Campeonato do Mundo (2014 com a Alemanha).
Depois de 113
jogos pela selecção argentina e de ter marcado 55 golos com a camisola 10, Leonel
Messi reagiu a mais esta derrota e declarou que “se terminó para mi la selección”, o que provocou uma onda de
tristeza geral a juntar à frustación
e à decepción da derrota. Por isso,
vários jornais utilizaram a sua primeira página para suplicar a Leonel Messi: No te vayas. Certamente que Messi vai repensar a sua declaração e vai fazer o mesmo que fez o agente internacional da Mota-Engil em Portugal, isto é, foi irrevogável durante meia dúzia de horas até lhe acenarem com uma cenoura qualquer.
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