No dia 20 de
Dezembro de 2015 realizaram-se eleições gerais em Espanha, sem que delas
resultasse um partido ou uma coligação de partidos com votos ou deputados
suficientes para suportar um governo. Os líderes das principais forças
políticas espanholas - Mariano Rajoy pelo PP, Pedro Sanchéz pelo PSOE, Pablo
Iglesias pelo Podemos e Albert Rivera pelo Cidadanos – não conseguiram chegar a
nenhum acordo de governo. Por isso, no dia 26 de Junho de 2016 as eleições foram
repetidas, tendo-se apurado aproximadamente os mesmos resultados, isto é, PP
(33%), PSOE (23%), Podemos (21%) e Cidadanos (13%), pelo que o impasse político
se mantém em Espanha e até existe um cenário possível de terceiras eleições. Significa
que o bipartidarismo espanhol em que o PP e o PSOE se intercalavam no exercício
do poder acabou e que a Espanha está a perder peso político internacional, em
consequência das suas incertezas políticas.
Entretanto, no
próximo dia 25 de Setembro vão realizar-se eleições autonómicas na Galiza e na
Comunidade Autónoma do País Basco. O diário ABC divulga hoje as
previsões eleitorais e, tal como está a acontecer com o eleitorado nacional que
se mantém estável e repartido por quatro forças políticas, também os
eleitorados galego e basco se mostram sem tendências de mudança. Assim,
prevê-se que o PP consolide a sua maioria na Galiza, o mesmo sucedendo no País
Basco com o Partido Nacionalista Vasco (PNV) que, para continuar a governar vai
a precisar do apoio do Bildu, uma coligação de pequenos partidos
independentistas bascos. Em síntese, quer
a nível nacional, quer a nível autonómico, os ventos de mudança não sopram em
Espanha e os eleitores mostram-se pouco estimulados na mudança do seu sentido de voto.
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