A edição semanal
do jornal económico francês La Tribune publica hoje uma grande entrevista
com Carlos Tavares, o português de 58 anos de idade que desde 2014 dirige o grupo francês PSA,
cujas marcas de excelência são a Peugeot e a Citroën. A entrevista é destacada com uma
fotografia que ocupa a totalidade da capa do jornal.
O conteúdo da
entrevista é, sobretudo, a revelação de um pensamento ordenado sobre o futuro
da indústria automóvel e de um gestor optimista. Tavares acredita que as
necessidades de mobilidade das pessoas vai aumentar e que a procura do
automóvel também vai continuar a aumentar, mas que terá de continuar a assentar
na segurança e no conforto. Por isso, está confiante. De resto, os seus dois
anos à frente do grupo PSA têm sido de grande sucesso em todos os domínios, uma
vez que o grupo passou de um estado de quase falência para uma situação de
grande dinamismo, assente numa nova cultura de empresa baseada nos conceitos de
frugalidade e na agilidade, de que tem resultado um melhor ambiente
empresarial, um diálogo frutuoso com os sindicatos e uma substancial melhoria
dos resultados comerciais. Segundo Tavares, aproximam-se novos desafios,
incluindo a instalação do grupo no grande mercado do futuro que é a Índia, mas
o grupo PSA, tal como a maioria dos construtores automóveis, acumularam muitos
anos de experiência e de sabedoria que, por exemplo a Apple e a Google não têm,
o que constituiu um factor de segurança nos seus investimentos e actividades.
O grupo PSA está
instalado em Portugal desde Fevereiro de 1964 através do Centro de Produção de Mangualde da PSA (CPMG), que é a maior empresa do distrito
de Viseu e que ocupa o 9º lugar entre as maiores exportadoras do país, uma vez
que cerca de 91% da sua produção é exportada. No ano passado, os seus 730
efectivos produziram 46.584 veículos de dois modelos: o Citroën Berlingo e o Peugeot
Partner. Bem precisamos desta e de muitas outras PSA.
Boa sorte Carlos Tavares!
Boa sorte Carlos Tavares!
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