Foi anunciado
que o grupo francês PSA cujas marcas são a Peugeot e a Citroën e que é liderado pelo gestor português Carlos Tavares, comprou à
General Motors as suas marcas Opel e Vauxhall, tornando-se a seguir à
Volkswagen, o segundo maior grupo automóvel europeu com uma quota de mercado de
17% e com cerca de 17.700 milhões de euros de vendas para as suas marcas.
Desde
há muito tempo que nos habituamos a ver chineses e indianos na primeira linha
destes negócios e por isso a notícia surpreendeu. A segunda surpresa desta notícia
é o facto de ser um português a liderar esta operação que custou 2.200 milhões
de euros e que, além da compra da actividade produtiva da Opel e da Vauxhall,
inclui também as operações da sucursal financeira da General Motors na Europa.
As
expectativas são altas porque Carlos Tavares é apontado como sendo o maior responsável
pela recuperação do grupo PSA que, há bem pouco tempo, acumulava prejuízos e tinha
o seu futuro muito incerto. Por isso, todos acreditam em Carlos Tavares e nas
suas opções de gestão para recuperar a marca Opel que acumulou 15 anos
consecutivos de prejuizos: redução de postos de trabalho, congelamento de salários,
economias de escala, eliminação de modelos não rentáveis e entendimento com os
sindicatos.
Não deixa de ser curioso que a poderosa General Motors, um dos símbolos do poder económico americano, "atire a toalha ao chão" depois de tantos anos de perdas.
O
jornal La Tribune, assim como imprensa económica francesa e espanhola,
aplaudiu esta operação de Carlos Tavares que, se correr bem, combinará
crescimento e rentabilidade. Afinal, ainda há bons gestores portugueses. É pena que andem lá por fora, porque fazem muita falta por cá.
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