O
Brexit e a falta de entendimento entre Nicola Sturgeon e Theresa May, que são
chefes dos governos da Escócia e do Reino Unido, foi o pretexto para
ressuscitar a ideia de um novo referendo sobre a independência da Escócia, que
a primeira-ministra escocesa vai procurar realizar em 2018 ou 2019, com o
argumento que Londres não considerou os interesses escoceses nas suas decisões
sobre o Brexit.
No
referendo realizado no dia 18 de Setembro de 2014 o Better Together ganhou com 55,3% dos votos, enquanto o Yes Scotland obteve 44,7%, mas acredita-se
que o resultado hoje seria diferente porque os escoceses não querem ser
arrastados para fora da União Europeia, a cuja economia estão fortemente
ligados. Recorde-se, também, que na votação sobre a saída ou permanência do
Reino Unido na União Europeia – o Brexit – realizada no dia 23 de Junho de
2016, houve 62% de escoceses que votaram pela permanência na União Europeia e
que, na Irlanda do Norte, também 55,7% dos eleitores escolheram a permanência.
Assim, o Sinn Féin defende a saída do Reino Unido e a unificação com a
República da Irlanda, enquanto muitos escoceses defendem a independência, ambos
como forma de permanecerem na Europa.
Nicola
Sturgeon tem-se mostrado muito determinada na defesa dos interesses escoceses e
tem afirmado que o Reino Unido deixou de ser o país no qual os escoceses
escolheram permanecer em 2014.
A
imprensa britânica destacou a fotografia e a ameaça de Sturgeon, enquanto o Corriere
della Sera escolheu uma fotografia das duas primeiras-ministras para
ilustrar a sua edição. O facto é que persiste o dilema escocês entre a Europa e
o Reino Unido e que as mulheres que dirigem a Escócia e o Reino Unido têm
grandes trabalhos pela frente.
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