A
revista The Economist destaca na sua edição que hoje entrou no seu habitual circuito de distribuição, a notícia da surpreendente reanimação da economia mundial que
parece estar, finalmente, a acontecer na América, na Europa, na Ásia e nos
mercados emergentes. Depois de várias falsas partidas, diz a revista, a
economia global goza de uma recuperação sincronizada.
Depois
da crise financeira de 2008, que foi a maior que o mundo conheceu desde a
Grande Depressão de 1929, pela primeira vez e depois de uma brevíssima
recuperação em 2010, os indicadores económicos estão a disparar ao mesmo tempo
por todo o lado. Os sinais são animadores na Índia e em Taiwan, na China e no
Japão, na Rússia e no Brasil. Na União Europeia os índices de confiança estão
no seu ponto mais alto desde 2011 e o desemprego está ao seu nível mais baixo
desde 2009. Até no pequeno e periférico Portugal há sinais de melhoria económica
que estão a deixar a oposição constipada e sem voz.
Num
estudo recente feito por dois investigadores da Universidade de Harvard que
averiguaram mais de uma centena de crises financeiras, foi concluído que, em
média, a recuperação da actividade económica e dos rendimentos depois das
crises, só voltam depois de oito anos. Assim, parece que está na hora da
recuperação mundial.
Porém,
a revista também destaca que os ciclos económicos e os ciclos políticos não
costumam andar sincronizados e que, por isso, em paralelo com a recuperação
económica há grandes problemas políticos na América, no Reino Unido, na França
e em outros países. Parece, então, que a reanimação económica mundial de que The
Economist faz eco, acontece por causa da “mão invisível” de Adam Smith.
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