Nos
últimos tempos não têm sido animadoras as notícias que nos chegam do Brasil,
sobretudo depois daquela aparente precipitação que foi a destituição da
Presidente Dilma Rousseff. Foi a partir daí que se acentuaram as notícias sobre
a operação Lava-jato, sobre a crise económica e social, sobre a insegurança em
algumas cidades e até sobre a persistente permanência do futebol brasileiro num
inesperado patamar de quase vulgaridade. A leitura da imprensa brasileira raramente
tem notícias animadoras, embora isso aconteça em toda a parte quando
ciclicamente se atravessam as situações de depressão ou de crise.
Porém,
apesar desta tendência depressiva, também há boas notícias. Hoje, por exemplo, o
diário O Liberal da cidade de Belém destaca a visita da galera Cisne Branco, um veleiro da Marinha do
Brasil, com uma fotografia de primeira página. A notícia refere que o navio
iniciou no passado dia 2 de Abril no Rio de Janeiro uma viagem com a duração de
cerca de seis meses baptizada como “Europa 2017”. Quando, no dia 14 de Outubro,
regressar ao Brasil, o navio terá visitado 18 portos de 12 países, incluindo
Lisboa e Ponta Delgada. O veleiro de 76 metros de comprimento foi construído em
Amsterdão e foi incorporado na Marinha brasileira em Fevereiro de 2000 e é,
naturalmente, um símbolo do Brasil e da sua Marinha, sendo-lhe atribuídas
missões de representação nacional em eventos náuticos internacionais, de apoio à
diplomacia brasileira, de preservação da memória histórica do país e, ocasionalmente,
de instrução de jovens cadetes da Marinha brasileira.
A
imagem de um veleiro como o Cisne Branco
tem sempre uma faceta estimulante e de desafio. Se antes era o desafio e a
aventura pelos mares desconhecidos e pelas grandes viagens, hoje é o desafio do
progresso e da preservação do património comum que são os oceanos, isto é, duas
causas bem estimulantes de que os brasileiros certamente comungam.
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