No
princípio deste mês de Abril o Presidente Donald Trump deu uma entrevista ao
jornal Finantial Times, tendo
declarado que os Estados Unidos estavam prontos para
agir sozinhos contra a Coreia do Norte para impedir que desenvolvesse o seu
programa de armas nucleares, caso a China não aumentasse a pressão contra esse
programa norte-coreano.
Algumas horas depois, Trump decidiu lançar 59 mísseis Tomahawk sobre a Síria e, logo de seguida, ordenou que um grupo de
ataque que inclui o porta-aviões USS Carl
Vinson, dois destroyers e um cruzador equipados com mísseis, avançasse para
as águas próximas da Coreia do Norte, como resposta intimidatória aos
sucessivos testes de mísseis que têm sido feitos. Este grupo de ataque não é
comandado por um almirante, mas por uma almiranta. Isso acontece pela primeira vez, pois Nora Wingfield
Tyson comanda a 3ª Esquadra americana
desde 2015 e, provavelmente, só espera ordens do seu Presidente para carregar no botão.
Existe alguma apreensão por esta decisão de Donald Trump porque,
contrariamente ao que ele sempre disse, parece estar agora a querer impor a vontade
americana nos diferentes cenários mundiais, o que custa muito dinheiro e pode
conduzir a confrontações de contornos indesejáveis. Será que depois da Síria,
o Donald se prepara para atacar o solo norte-coreano? Como foi dito na referida entrevista, os Estados
Unidos estão prontos para agir sozinhos mas, naturalmente, estão cientes de que
precisam do apoio da Coreia do Sul, do Japão e da neutralidade da China.
O
facto é que a imprensa asiática se mostra um pouco apreensiva com esta movimentação naval americana e que, por exemplo, a edição de hoje do Macau Daily Times deu grande destaque a esta iniciativa
e mostra a apreensão que está a suscitar.
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