Depois
de já ter visitado Moçambique e o Brasil, o Presidente da República visitou esta
semana mais um país lusófono e esteve em Cabo Verde, tendo passado pelas ilhas
do Fogo, Santiago e São Vicente, sempre acompanhado por Jorge Carlos Fonseca, o
seu homólogo cabo-verdiano e seu amigo de há muitos anos.
Marcelo
Rebelo de Sousa fez-se acompanhar por uma alargada comitiva de jornalistas
portugueses que deram a conhecer alguns pormenores da visita presidencial, desde
o número de pastéis de nata que Marcelo comeu, até ao tempo que nadou na praia
defronte do seu hotel, isto é, trataram da espuma da visita. Porém, o semanário
Expresso
das Ilhas procurou a substância da mesma e reproduziu e analisou as
declarações presidenciais.
Numa
delas, proferida durante uma recepção realizada a bordo da fragata Álvares Cabral, atracada na cidade da
Praia, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “Cabo Verde é para Portugal uma aposta prioritária e sabemos que Portugal é
para Cabo Verde uma aposta prioritária”, afirmando ainda que “Cabo Verde é o
país irmão que se confunde com o nosso, de tal forma que não sabemos em Cabo
Verde quem é cabo-verdiano e quem é português e em Portugal quem é português e
quem é cabo-verdiano”.
Nessa declaração, Marcelo Rebelo de Sousa utilizou
várias vezes a palavra fraternidade.
E fez bem. Os portugueses são tratados em Cabo Verde como irmãos e os cabo-verdianos
gostam dos portugueses. O futebol, a música e a cachupa fazem parte do quotidiano luso-cabo-verdiano. Se em
Portugal há a saudade, em Cabo Verde
há a morabeza, que são palavras
difíceis de traduzir mas que representam sentimentos e ajudam a definir uma identidade. Pois a saudade e a morabeza encontraram-se em Cabo Verde nas pessoas de Marcelo Rebelo de Sousa e de Jorge Carlos Fonseca e, agora, só há
que esperar que as relações entre Portugal e Cabo Verde se reforcem ainda mais nos vários
domínios de interesse mútuo.
O "entertainer-mor" anda em digressão pelo estrangeiro???
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