Emmanuel Macron foi
eleito Presidente da República Francesa no passado dia 7 de Maio e no dia 18 de
Junho ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta. Um êxito rápido e
surpreeendente. Ontem, menos de dois meses depois de chegar ao Eliseu, o
presidente francês chamou ao palácio de Versailles os deputados e os senadores
franceses e anunciou-lhes a sua
estratégia para reformular de alto a baixo a política francesa. Para que não
ficassem dúvidas sobre as suas intenções anunciou o propósito de reduzir em um terço o número de representantes de
cada câmara – de 577 para 385, na Assembleia Nacional, e de 348 para 232, no
Senado – e de alterar o actual sistema eleitoral de duas voltas das eleições legislativas,
de forma a permitir uma representação parlamentar mais proporcional ao número
total de votos, acrescentando que tratará da
aprovação direta desta reforma pelos eleitores num referendo, se os
parlamentares não analisarem rapidamente as propostas que anunciou.
O discurso de Macron reafirmou que os recentes
resultados eleitorais são a prova do desejo de mudança e de alternância política
dos franceses e o seu diagnóstico foi esclarecedor: “O nosso equilíbrio
financeiro está deteriorado, a nossa dívida é considerável. O investimento
produtivo é baixo. O desemprego atingiu níveis insuportáveis. A pobreza
aumenta”.
Para além deste aspecto, o discurso de Macron referiu
o estado de uma Europa enfraquecida pela burocracia, pelos egoísmos nacionais e
pelo crescimento do cepticismo quanto ao futuro, prometendo lutar por uma maior
justiça social e por uma nova Europa. O que não há dúvida é que com Emmanuel
Macron parece haver um rumo alternativo ao declínio europeu dos últimos anos.
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