O Comité
Internacional Olímpico que se reuniu ontem na cidade peruana de Lima decidiu
atribuir a realização dos Jogos Olímpicos de 2024 à cidade de Paris e os Jogos de
2028 à cidade americana de Los Angeles. Apesar de não se tratar de uma
surpresa, toda a imprensa francesa destacou essa notícia e Le Parisien, por exemplo,
dedicou-lhe toda a sua primeira página.
A cidade de Paris
já organizou os Jogos Olímpicos de 1900 e de 1924, pelo que em 2024 se perfazem
100 anos sobre a realização dos Jogos de 1924 e, essa circunstância vai
impulsionar a França e os franceses para uma grande realização que projecte a
modernidade da tecnologia e da cultura francesas no mundo. A acrescentar a essa
efeméride, certamente será associada a passagem do 1º centenário dos Jogos
Olímpicos de Inverno, realizados em 1924 em Chamonix.
O mundo segue
atentamente os Jogos através da televisão, sobretudo o ritual das cerimónias de
abertura e de encerramento, da entrega das medalhas e do hastear das bandeiras
dos vencedores. Porém, os Jogos Olímpicos já não são apenas a maior competição
desportiva do planeta, mas são também um acontecimento que alavanca o progresso
das cidades onde se realizam, que dinamiza o empreendedorismo e a actividade
económica, que estimula a criatividade na arquitectura e nas artes em geral.
Porém, a sua
realização exige um elevadíssimo montante de recursos e os casos de Atenas
(2004), Londres (2012) ou Rio de Janeiro (2016) são apenas alguns exemplos de
verdadeiras catástrofes financeiras, que uns podem e outros não podem suportar.
Parece que a França e a cidade de Paris estão atentas a esse problema e que
alguns estudos apontam para um impacto positivo de 8,1 mil milhões de euros na
economia francesa.
Nestas coisas de
grande dimensão, há sempre números para todos os gostos, mas como os Jogos
Olimpícos são uma festa, é preciso é andar para a frente, porque o dinheiro acaba por aparecer ou não, até porque as facturas a pagar
só chegam depois…
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