Antigamente
chamava-se futebol de salão ou futebol de cinco e era a paixão dos jovens. Eu
próprio gastei muitas horas da minha juventude a jogar futebol de salão, mas os
tempos mudaram e aquele futebol profissionalizou-se e até adoptou o estrangeirado
nome de futsal. A UEFA, que durante muito tempo ignorou esta modalidade menor,
abriu-lhe as portas em 2002 quando aceitou a realização anual da UEFA Futsal Cup ou Taça dos Clubes
Campeões Europeus de Futsal e, em 2010, quando promoveu a realização do
primeiro UEFA Futsal Euro ou
Campeonato Europeu de Futsal. Ontem realizou-se
a final do UEFA Futsal Euro 2018 no Arena Stožice, em Ljubljana, na Eslovénia.
A equipa
portuguesa, depois de ter derrotado a Roménia (4-1),a Ucrânia (5-3), o Azerbeijão
(8-1) e a Rússia (3-2), chegou à final para defrontar a Espanha. Era um desafio
temível, até porque nas dez edições anteriores da prova a Espanha obtivera sete
triunfos, enquanto Portugal apenas conseguira um segundo lugar e dois quartos
lugares. O trunfo português parecia ser apenas o jogador Ricardinho, que é um artista e ostenta o título de melhor jogador de futsal do mundo.
A equipa
portuguesa venceu por 3-2 após prolongamento, sob o aplauso entusiástico de um numeroso
grupo de jovens portugueses que estudam na Eslovénia. Portugal foi, pela primeira vez,
campeão da Europa de futsal. A televisão tinha transmitido todos os jogos da
equipa portuguesa e, por isso, em Portugal o assunto não passou ao lado do
interesse do público. E foi realmente mais um caso para fazer subir a
auto-estima dos portugueses que, de facto, têm conseguido grandes vitórias
internacionais nos últimos tempos e transformado a imagem do nosso país na
comunidade internacional. Hoje, todos os jornais generalistas portugueses, para além dos jornais
desportivos, destacaram este acontecimento.
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