O nosso pequeno
Portugal tem sido palco nos últimos tempos de incontáveis situações demasiado caricatas,
que passam pela política, pelo futebol, pela justiça, mas também por outros
sectores, que mostram como o ridículo parece não ter limites.
Comecemos pela
política. Com eleições legislativas no horizonte e com o Presidente Marcelo a revelar-se
menos beijoqueiro do que o habitual, com António Costa a navegar à bolina, com Rui
Rio a procurar tomar o leme ao seu partido e com os partidos da esquerda a agitar
os seus eleitorados com vista às futuras eleições, apareceu uma tal de Cristas
numa caricata e insensata ambição populista, a falar com uma arrogância e uma
ambição desmedidas e a posicionar-se para liderar "todas as direitas" e ser a alternativa a António
Costa. Foi a mais caricata e atrevida postura política que se viu ultimamente em Portugal.
O que ela disse para mobilizar as suas bases é um atentado à inteligência dos
portugueses, pois ninguém percebe como é possível passar de 7% das intenções de
voto (sondagens de Janeiro de 2018 da Eurosondagem e da Aximage) para, como ela
disse, chefiar o governo.
Também o futebol
continua com aspectos caricatos, pois deixou de ser um belo espectáculo
para se tornar numa indústria em que prolifera muita gente pouco recomendável,
incluindo dirigentes e comentadores que, aos gritos e ameaças, ocupam o espaço
televisivo e invadem os nossos domicílios.
Depois temos
outro aspecto caricato da nossa vida quotidiana porque, numa lógica absurda e
sem qualquer respeito pelo direito ao bom nome das pessoas, assistimos ao
anúncio de inquéritos que deveriam ser confidenciais e que arrasam os cidadãos
na praça pública, numa promíscua relação entre os agentes do sistema de justiça
e os mais reles membros da nobre corporação dos jornalistas.
No plano dos
costumes sociais também temos sido assaltados pelo ressurgimento da linha
Relvas de falsos doutores, isto é, do reaparecimento de casos de abusivo e
desonesto uso de qualificações académicas, como sucede com o título de catedrático
que foi aceite por Passos Coelho ou com a utilização da categoria de visiting scholar por Barreiras Duarte.
São apenas
algumas das situações caricatas que estão a atravessar a nossa sociedade e que mostram o poder dos media, mas também a altíssima perversidade de alguns deles.
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