Os americanos estão
a protestar contra a livre venda de armas automáticas e munições no país e
exigem um maior controlo dos antecedentes criminais de quem compra armas de
fogo.
De vez em quando
somos confrontados com a notícia de mais um adolescente que comprou uma arma, que
a levou para a escola e que decidiu imitar uma qualquer cena do mais recente
filme de violência que viu na televisão. A permissividade da legislação
americana é total e calcula-se que nos últimos vinte anos terão morrido duas
centenas de estudantes em consequência de disparos com armas de fogo dentro das
escolas americanas e que mais de 187 mil jovens de cerca de 193 escolas primárias
e secundárias assistiram a tiroteios dentro das suas escolas. O principal alvo
das manifestações é a NRA (National Rifles Association), uma poderosa organização
de 5 milhões de membros que promove e incentiva o uso e porte de armas de fogo,
mas por via indirecta a manifestação também era dirigida ao Congresso e ao
Presidente dos Estados Unidos que, ainda bem recentemente, sugeriu que os
professores fossem armados para a escola.
O protesto foi
organizado pelos estudantes da escola da Florida onde no passado mês de
Fevereiro ocorreu um massacre de que resultaram 17 mortes, tendo alastrado por
todo o país e mobilizado milhões de pessoas. A mobilização dos estudantes foi
um sucesso e a manifestação terá sido a maior alguma vez
realizada nos Estados Unidos pelo controlo de armas de fogo, havendo quem a tivesse comparado às grandiosas
manifestações contra a guerra do Vietnam ou em defesa dos Direitos Civis.
Toda a imprensa
americana apoiou as manifestações, caso do New York Post, o que pode conduzir a
uma mais rápida alteração de uma legislação que parece incentivar o uso de
armas como se os americanos ainda estivessem no século XIX e a instalar-se no
Far West.
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