A eleição de Jair
Bolsonaro continua a alimentar o noticiário internacional, a aumentar as
preocupações de muita gente e a agitar o Brasil. No exterior, por exemplo em
Portugal, o presidente eleito do Brasil continua a suscitar controvérsias e
muitas dúvidas quanto às suas qualidades e competências para dirigir o país. A insólita
história que está a ser protagonizada por Sérgio Moro, ao aceitar o convite de
Bolsonaro e assumir-se como um político, depois de ter estado camuflado de juiz
e ter impedido Lula da Silva de concorrer à eleição presidencial, é a prova do
estado de degradação a que chegou o sistema judicial brasileiro. Sérgio Moro
revelou a sua face de vulgar trafulha e de grande mentiroso. Com a sua ambiciosa
pirueta perdeu toda a sua credibilidade e lançou toda a Justiça brasileira num
lamaçal.
Hoje o Jornal
do Comércio de Porto Alegre alerta para um outro problema que pode ser
sério no plano da coesão nacional, pois 11 dos 27 estados brasileiros votaram a
favor de Haddad, tendo o Nordeste votado maciçamente contra Bolsonaro. Perante
esta concentração de opositores numa mesma região, Bolsonaro já terá ameaçado que
os estados do Nordeste podem vir a ter um “tratamento secundário”. Mas o que
vai acontecer na relação do novo presidente com o Nordeste é uma incógnita.
Porém, a atitude de Moro veio introduzir um novo dado na política brasileira ao
fazer com que as forças anti-Bolsonaro começassem a unir-se e a preparar-se
para reagir ao autoritarismo que aí vem ou parece vir.
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