Jeremy Corbyn, o
actual líder do Partido Trabalhista britânico, que é o principal partido da
oposição na Câmara dos Comuns, declarou
ontem à noite que vai apoiar um segundo referendo sobre o Brexit para evitar uma saída da União Europeia sem acordo, o
que a acontecer, segundo muitos especialistas, seria uma tragédia não só para o
Reino Unido, mas também para a União Europeia.
Jeremy Corbyn não tinha, até agora, aceite apoiar um
segundo referendo, pelo que esta declaração altera muito os dados do problema e
pode ajudar a que seja encontrada uma solução.
O divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia está
anunciado para o dia 29 de Março, mas a confusão e a incerteza são totais, com
cada um dos dois maiores partidos britânicos muito divididos e até sob ameaça
de se desintegrarem. Em relação ao Brexit já ninguém percebe o que querem uns e
o que querem os outros. Atenuaram-se fronteiras ideológicas e formaram-se
grupos. O problema principal parece ser a fronteira da Irlanda do Norte,
conhecido por backstop, mas há outros
problemas. Entretanto, Theresa May continua a correr para Bruxelas sem
conseguir trazer nada de novo, o que faz aumentar a confusão. Agora há uma
proposta subscrita por dois deputados, um trabalhista e outro conservador, em
que é pedida uma extensão do prazo do Brexit, sabendo-se que essa proposta tem
largo apoio em ambas as bancadas do Parlamento. E há a nova posição de Jeremy Corbyn que
sempre pediu eleições antecipadas e que agora diz aceitar a realização de um
novo referendo.
Significa que, já na recta final do processo, começam
a aparecer propostas mais sensatas e mais prudentes, o que mostra que os
caminhos percorridos pela obstinada Theresa May conduziram a um beco sem saída,
mas o facto é que ela não se demitiu nem foi demitida, o que ainda gera mais
confusão.
Um desastre total ... a efectivar-se, um 2º referendo, é a morte do instituto "referendo".
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