terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Moçambique prepara forças especiais

Desde meados de 2017, isto é, desde há quase dois anos que se têm verificado perturbações da ordem pública, actividades de intimidação e actos de grande violência na província moçambicana de Cabo Delgado, conduzidas por grupos radicais armados, provavelmente de natureza jihadista. Calcula-se que já terão morrido entre 100 a 150 pessoas, contabilizadas entre as populações atacadas, os agressores armados e os elementos das forças de segurança.
Para enfrentar esta situação que se vem agravando e que pode representar uma tentativa de instalação de uma base territorial, o governo moçambicano decidiu criar as forças especiais da Polícia da República de Moçambique, que ontem se apresentaram perante o Presidente da República. Nessa oportunidade, segundo o jornal O País, o Presidente Filipe Nyusi incentivou os cerca de dois milhares de elementos em parada para a necessidade de redobrar esforços para combater os grupos armados que têm efectuado ataques em vários distritos da província de Cabo Delgado, mas que também era necessária a mobilização de toda a população moçambicana.  
Na passada semana, uma caravana de viaturas pertencente a uma empresa petrolífera americana foi atacada por um grupo armado na área de Palma, no extremo norte de Moçambique, de que resultaram vários feridos e esse ataque foi o primeiro dirigido a alvos de uma empresa envolvida em projectos de exploração de gás natural. Depois, no distrito de Macomia, num ataque a uma viatura, morreram seis pessoas e várias ficaram feridas. A criação das forças especiais da Polícia da República de Moçambique é uma resposta para ultrapassar a instabilidade que se vive no norte de Moçambique e, em especial, na província de Cabo Delgado.

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