sábado, 13 de julho de 2019

A Bolívia escolhe parcerias com a Rússia

A Bolívia é um país encravado no centro-oeste da América do Sul que tem 1098 mil km2 de superfície e pouco mais de dez milhões de habitantes de uma população multiétnica em que cerca de 15% é de origem europeia.
O país é independente desde 1825, faz fronteira com o Brasil, com o Perú, com o Paraguai e com o Chile e é atravessado pela cordilheira andina. Não tem saída para o mar, embora em 1953 o Chile lhe tenha concedido um porto livre em Arica, com direitos alfandegários especiais e extensos espaços para instalação de armazéns.
O país afirma-se constitucionalmente como o Estado Plurinacional da Bolívia e é uma república presidencialista unitária. Em finais de 2005 as eleições presidenciais foram ganhas por Evo Morales, um líder sindical dos cocaleros ou produtores de coca, tornando-se no primeiro presidente boliviano de origem indígena. Desde então, o presidente Evo Morales ganhou todas as eleições a que se submeteu. É um presidente polémico que frequentemente usa roupas tradicionais bolivianas e que tem enfrentado os Estados Unidos com a sua política de nacionalizações e de reforma agrária. Amigo de Fidel Castro, de Lula da Silva, de Néstor Kirchner e, sobretudo, de Hugo Chavez, o presidente Evo Morales reforçou agora a sua aliança estratégica com a Rússia através de sete acordos, conforme noticiou o diário La Razón. A Bolívia possui a terceira maior bacia de gás natural da América do Sul e essa circunstância não deixou os russos indiferentes. Assim, no recente encontro que Evo Morales e Vladimir Putin tiveram em Moscovo, entre outros acordos, foi acordado o reforço do investimento russo na Bolívia através da Acron e da Gazprom, as duas grandes empresas russas de gás natural e de serviços petrolíferos. Como ponto dominante dos acordos foi salientado que, a partir de 2023 e durante 20 anos, a Bolívia fornecerá 2,2 milhões de metros cúbicos por dia à Acron.
Embora não estejamos em tempo de guerra fria, parece que o descalabro do fim da União Soviética já lá vai e que o orgulho e a influência russa reapareceram, por exemplo na Síria, na Turquia, na Venezuela e agora na Bolívia. A promessa do Donald de fazer a America great again parece que vai ficando adiada.

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