sábado, 13 de julho de 2019

Guterres solidário com Moçambique

No passado mês de Março o ciclone tropical Idai atingiu a região centro de Moçambique e em especial as províncias da Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Inhambane e, no mês seguinte, o ciclone tropical Henneth assolou o norte do território nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. Foram os ciclones tropicais mais intensos e mais devastadores que atingiram Moçambique desde que há registos e os seus efeitos foram trágicos, contabilizando-se em algumas centenas de mortes, cerca de dois milhões de desalojados ou de pessoas a necessitar de ajuda humanitária e avultados prejuízos materiais cuja reconstrução está orçamentada em cerca de 3 mil milhões de euros.
Nesta emergência nacional, o país teve a solidariedade internacional e, nos últimos dias, o apoio solidário do secretário-Geral das Nações Unidas que visitou Moçambique durante três dias para ver pessoalmente as consequências da passagem daqueles ciclones, tendo nessa oportunidade tido encontros com o presidente Filipe Nyusi e com vários membros do governo moçambicano.
António Guterres foi eloquente e claro, pedindo mais apoio internacional para a reconstrução de Moçambique e salientando que as ajudas até agora anunciadas são insuficientes pois faltam ainda cerca de 2 mil milhões de dólares para completar o orçamento. Numa intervenção feita na cidade da Beira, António Guterres frisou que a resposta da comunidade internacional “deve corresponder à coragem e determinação com que o povo moçambicano enfrentou a força das duas calamidades naturais”. Disse Guterres que “Moçambique praticamente não contribui para o aquecimento global, mas que está na primeira linha das vítimas desse mesmo aquecimento global. Isso dá-lhe o direito de exigir da comunidade internacional uma forte solidariedade e um forte apoio quer na resposta aos dramas criados pelas tempestades que assolam o país, quer na preparação e reconstrução do país para as situações futuras”.
O diário Moçambicano O País publicou a fotografia do encontro entre António Guterres e Filipe Nyusi, destacando a frase “Moçambique tem autoridade moral para exigir mais”.

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