domingo, 18 de agosto de 2019

Boris Johnson: le bad boy de l’Europe

O Reino Unido tem passado por uma grande turbulência política desde que, no dia 23 de Junho de 2016, se realizou o referendo para decidir da sua permanência ou saída da União Europeia. Os partidários do Brexit ganharam com 52% dos votos, mas essa margem foi tão escassa que o país ficou dividido e não se tem entendido quanto ao futuro. Os primeiros-ministros David Cameron e Theresa May não conseguiram resolver a situação e, no dia 24 de Julho, foi a vez de Boris Johnson tomar posse como primeiro-ministro.
Naturalmente, Boris Johnson anunciou que iria trabalhar para unir o país e que uma das suas prioridades era garantir a saída do Reino Unido da União Europeia, que está marcada para o dia 31 de Outubro, apesar da oposição do Partido Trabalhista e de um sector do seu próprio Partido Conservador. Embora esteja há menos de um mês a ocupar o nº 10 de Downing Street, o facto é que não há notícias que mostrem que Boris Johnson esteja a unir o que quer que seja e, perante a ameaça de sair sem um acordo com Bruxelas, amontoam-se os estudos a apontar para as trágicas consequências económicas e sociais para os britânicos, a juntar às ameaças de secessão por parte de escoceses e irlandeses do norte.
Boris Johnson é uma figura muito controversa, tem muito apoio de Donald Trump e, tanto a sua vida política como pessoal, têm estado sujeitas a muitas polémicas. Esta semana a edição do L’Express escolheu uma fotomontagem para ilustrar a sua capa, na qual Boris Johnson exibe um fósforo na mão, numa insinuação de que é um incendiário político. Chama-lhe o bad boy de l’Europe e procura mostrar o que nos espera com o Brexit, que tem data marcada para daqui a cerca de 70 dias.

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