O Reino Unido tem
passado por uma grande turbulência política desde que, no dia 23 de Junho de
2016, se realizou o referendo para decidir da sua permanência ou saída da União
Europeia. Os partidários do Brexit ganharam com 52% dos votos, mas essa margem
foi tão escassa que o país ficou dividido e não se tem entendido quanto ao futuro. Os
primeiros-ministros David Cameron e Theresa May não conseguiram resolver a
situação e, no dia 24 de Julho, foi a vez de Boris Johnson tomar posse como
primeiro-ministro.
Naturalmente,
Boris Johnson anunciou que iria trabalhar para unir o país e que uma das suas
prioridades era garantir a saída do Reino Unido da União Europeia, que está
marcada para o dia 31 de Outubro, apesar da oposição do Partido Trabalhista e
de um sector do seu próprio Partido Conservador. Embora esteja há menos de um
mês a ocupar o nº 10 de Downing Street, o facto é que não há notícias que
mostrem que Boris Johnson esteja a unir o que quer que seja e, perante a ameaça
de sair sem um acordo com Bruxelas, amontoam-se os estudos a apontar para as
trágicas consequências económicas e sociais para os britânicos, a juntar às
ameaças de secessão por parte de escoceses e irlandeses do norte.
Boris Johnson é
uma figura muito controversa, tem muito apoio de Donald Trump e, tanto a sua vida política como pessoal, têm
estado sujeitas a muitas polémicas. Esta semana a edição do L’Express
escolheu uma fotomontagem para ilustrar a sua capa, na qual Boris
Johnson exibe um fósforo na mão, numa insinuação de que é um incendiário político.
Chama-lhe o bad boy de l’Europe e procura
mostrar o que nos espera com o Brexit, que tem data marcada para daqui a cerca
de 70 dias.
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