Nas últimas horas
acelerou-se o pânico no mundo, não tanto por causa da epidemia do Covid-19 e da
sua perigosidade sanitária, mas sobretudo pelas suas consequências sobre as
economias. Os jornais publicam gráficos que mostram que o Dow Jones, o Nasdaq e
as principais bolsas mundiais caíram muitos pontos e continuam em queda,
enquanto a Arábia Saudita decidiu cortar cerca de 30% nos preços do petróleo, o
que comprova que para além do medo pelo Covid-19, há uma enorme incerteza e falta de
confiança no que está para vir.
Não é preciso ser
especialista para perceber a situação, pois basta olhar à nossa volta. A
economia tem muitas facetas, mas assenta sobretudo em dois eixos – a oferta e a
procura, ou a produção e o consumo. Quando a Itália está fechada em casa a
cumprir uma forçada quarentena, significa que nada produz e que consome muito menos do que o normal,
o que é catastrófico para a sua economia. Em vários países europeus,
nomeadamente em Portugal, as coisas estão a seguir o mesmo caminho, pois as
pessoas estão a ser convidadas a ficar em casa, foram fechadas muitas escolas e
proibiram-se acontecimentos sociais, incluindo jogos de futebol, concertos e
outros eventos que atraem muito público. A actividade económica já está a ser
seriamente afectada, sobretudo no sector do turismo, com as reservas nos hotéis
e nos navios de cruzeiro a serem canceladas, muitas feiras e congressos a
serem suspensos e com as companhias aéreas a cortar milhares de voos por falta
de procura. Apesar das medidas administrativas e sanitárias que estão a ser
tomadas e dos discursos destinados a afastar o pânico, a situação pode
tornar-se muito preocupante e levar a uma crise que, tal como vimos com a crise
financeira de 2008, nada de bom nos trará.
Uma razão muito simples e ao mesmo tempo fundamental, que nos fará acalmar e a aceitar todos os "incómodos" que a economia nos possa trazer, é que a VIDA está acima de tudo.
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