Há menos de um
mês, durante o 27º Campeonato do Mundo de Andebol que se realizou no Egipto, a
baliza portuguesa foi defendida pelo guarda-redes Alfredo Eduardo Quintana
Bravo e a excelência das suas exibições ajudou a selecção de Portugal a
alcançar um inédito 10º lugar na competição. As transmissões televisivas
mostraram que a equipa portuguesa teve um comportamento notável, que exibiu um
elevado nível competitivo e que era formada por vários jogadores de classe
mundial. Um deles era Alfredo Quintana, que se destacava pela sua elevada
estatura, pela sua atitude e pela sua agilidade.
De regresso a
Portugal, retomou os seus treinos e foi durante uma sessão realizada no dia 22
de Fevereiro, que sofreu uma paragem cardio-respiratória. Foi de imediato
transportado ao hospital e aí lutou pela vida durante quatro dias, mas não
resistiu e faleceu aos 32 anos de idade.
Alfredo Quintana
nascera na cidade cubana de Havana mas viera para Portugal em 2011 para
representar a equipa de andebol do FC Porto, com a qual foi campeão de Portugal
por seis vezes. Integrou-se na sociedade e na cultura portuguesas e requereu a
nacionalidade do país que o acolheu, pelo que veio a representar a selecção
nacional de andebol em 56 partidas.
O destino foi
cruel para este grande atleta. O desporto português ficou de luto. Nesse mundo
tantas vezes movido por rivalidades regionais e clubísticas, raramente se
assistiu a tão grandes provas de solidariedade para com um atleta, expressas
pela imprensa, pelo seu clube, pelos seus companheiros e pelos seus adversários,
significando que Alfredo Quintana era um grande atleta, mas também um grande
desportista.
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