No dia 6 de Março
de 1521 a frota de Fernão de Magalhães, constituída pelas naus Trinidad, Victoria e Concepción, chegou a umas
ilhas a que chamou ilhas dos Ladrões, depois de três meses e vinte dias de
viagem sem escala, durante a travessia do Pacífico. Essas ilhas vieram a ser
colonizadas pelos espanhóis e em 1668 o seu nome foi alterado para ilhas
Marianas, em homenagem a Mariana de Áustria, a viúva de Filipe IV de Espanha. As ilhas dependiam da Capitania Geral das Filipinas, mas em 1898 foram cedidas aos
Estados Unidos na sequência da guerra hispano-americana. Actualmente, constituem o Estado Livre das Marianas Setentrionais, dependente
dos Estados Unidos, enquanto a ilha de Guam, que fica mais a sul do arquipélago
e onde se localiza a cidade de Hagatña, é um território americano.
Foi a este porto
que ontem chegou o navio-escola espanhol Juan
Sebastian de Elcano que, 500 anos depois, está a fazer uma viagem de
circum-navegação evocativa da viagem de Fernão de Magalhães.
O jornal Pacific
Daily News noticia hoje a chegada do navio espanhol, que foi recebido
por canoas à entrada do porto, onde se situa a Base Naval americana de Guam. Naturalmente a visita parece despertar a curiosidade da população,
constituída sobretudo por militares americanos e suas famílias.
O que é curioso é
que diversos navios-escolas, nomeadamente do Chile, da Itália e da Espanha, estão
em viagens de instrução como se tem visto aqui nesta ruadosnavegantes, parecendo não recear o covid-19.
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