A época
futebolística portuguesa terminou ontem com a realização da final da Taça de
Portugal e, para quem gosta de futebol, vem aí um período monótono em que não
teremos as emoções do futebol em directo nas televisões.
Ontem o Estádio
Nacional estava cheio, havia muito entusiasmo e ambiente de festa e, segundo
apuramos, nas equipas finalistas do FC Porto e do CD Tondela entraram em campo
jogadores de doze diferentes nacionalidades, a mostrar que o futebol é uma indústria multinacional. Para além de
portugueses e brasileiros, havia em campo jogadores espanhóis, franceses,
argentinos, uruguaios, colombianos, sérvios, senegaleses, nigerianos,
congoleses e azeris.
O jogo foi bem
disputado e decorreu sem quaisquer sobressaltos. O FC Porto, que já triunfara
no campeonato, também venceu esta final, o que significa que conquistou a dobradinha, nome por que os brasileiros
designam as duplas vitórias. O jornal A Bola salienta que a festa foi a
dobrar.
O futebol é um
belo espectáculo quando é jogado por artistas e desperta profundas emoções, embora
por vezes excessivas, mas tem a particularidade de ciclicamente satisfazer toda
a gente pois há uma alternância de vencedores, isto é, uns anos ganham uns e
nos anos seguintes ganham outros.
Embora venham aí
os jogos da selecção nacional respeitantes à Liga das Nações, a disputa
clubística e o futebol-paixão entram agora no defeso, embora cada clube comece
já a pensar na próxima temporada e nos jogadores que vai vender ou comprar. Essa é a componente menos interessante do futebol porque suscita desvarios financeiros e conduz à assinatura de contratos verdadeiramente obscenos.
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