A epidemia de covid-19 afectou meio mundo e impôs
restrições mais ou menos severas à vida das comunidades, perturbando a sua vida
económica e cultural a uma escala quase global. No caso da Região
Administrativa Especial de Macau da República Popular da China essas restrições
foram muito rigorosas e, desde Março de 2020, que as autoridades macaenses
proibiam a entrada de não residentes, como medida de controlo e prevenção da covid-19.
Calcula-se que
Macau tenha cerca de 650 mil habitantes dos quais haverá cerca de nove mil
residentes com nacionalidade portuguesa, uma parte dos quais nasceu em Macau, uma outra parte permaneceu no território depois da transferência da soberania
em 1999 e, outra parte, instalou-se mais recentemente. Para os portugueses não residentes, ou que não possuem o Bilhete de
Identidade de Residente (BIR), a medida de proibição de entrada no território
era uma enorme contrariedade, pois representava a separação de famílias e o
abandono de muitos projectos.
Porém, as
autoridades decidiram agora abrir as portas aos portugueses não residentes, que
passam a poder entrar no território sem autorização prévia dos Serviços de
Saúde macaenses, desde que nos 21 dias anteriores não tenham estado fora da
China, de Hong Kong ou de Portugal. Esta medida é dirigida especificamente aos
portugueses não residentes e significa a possibilidade de reunião familiar de
muitas famílias, a retoma de projectos profissionais e académicos interrompidos
desde há dois anos e até o renascimento do turismo português para Macau. Por
isso, o jornal Hoje Macau saudou esta medida com uma expressiva saudação: bem-vindos a Macau!
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