No passado
fim-de-semana ocorreram alguns acontecimentos desportivos internacionais em
que, a título colectivo ou individual, se destacaram alguns dos nossos
compatriotas. Sou do tempo em que os portugueses, exceptuando o caso singular
do hóquei em patins, só tinham vitórias morais e, por isso, estamos perante uma
grande satisfação, sobretudo os que praticaram ou os que gostam de desporto.
No topo colocamos
a vitória do Benfica sobre os alemães do Magdeburgo e a conquista da Liga
Europeia de andebol ou EHF Champions
League, improvável e inesperada, mas muito justa, que passa a constituir o
maior feito da história do andebol português. É certo que a selecção portuguesa
já em 2021 entrara definitivamente para a elite mundial do andebol com o 10º
lugar no Mundial do Egipto e o 9º lugar nas Olimpíadas do Japão, mas a vitória
benfiquista sobre os poderosos alemães é mesmo um feito desportivo histórico.
Porém, no mesmo patamar de destaque, colocamos Fernando Pimenta, o canoísta
português que tem duas medalhas olímpicas e que é, certamente, o maior atleta
português de todos os tempos e que, num só dia, conquistou quatro medalhas de
ouro na Taça do Mundo de Poznan em canoagem, ao vencer as provas de
K1 500, K1 1000, K2 500 (com Teresa Portela) e K1 5000.
Porém, os atletas
portugueses não tiveram só vitórias. A equipa de futebol sub-17 perdeu com a
França na “lotaria dos penaltis” e foi afastada da final do UEFA Under 17 Championship, enquanto o
ciclista João Almeida desistiu do Giro
d’Italia quando lutava pelos primeiros lugares e foi apanhado pelo covid-19.
Foi, portanto, um
fim-de-semana com algumas boas alegrias desportivas, mas lamenta-se que a
imprensa desportiva e não só, apenas se tivesse fixado nos êxitos do andebol e
tenha ignorado Fernando Pimenta, João Almeida e os jovens futebolistas sub-17. A capa do jornal A Bola confirma o que se escreveu.
Sem comentários:
Enviar um comentário