sexta-feira, 8 de julho de 2022

Uma boa vitória da diplomacia angolana

O Jornal de Angola anunciou na sua edição de ontem que, com a mediação do presidente João Lourenço, a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda tinham acordado o cessar-fogo imediato.
Uma parte da RDC (que tem 90 milhões de habitantes e a capital em Kinshasa) e o Rwanda (que tem 13 milhões de habitantes e a capital em Kigali) localizam-se na região dos Grandes Lagos, que é uma área geográfica africana de abundantes recursos minerais, mas também de muitas tensões étnicas, pelo que tem havido conflitos armados nessa região desde há várias décadas. Recentemente, os guerrilheiros do Movimento 23 de Março (M23), que têm o apoio do Rwanda e que há alguns anos já tinham sido derrotados pelas tropas da RDC, retomaram a sua luta e ocuparam a localidade congolesa de Bunagana, na região do Kivu Norte, que faz fronteira com o Rwanda.
Ambos os países se acusaram mutuamente de apoio a grupos rebeldes, ambos aumentaram as suas ameaças em relação ao rival e as forças armadas nacionais de ambos os países intervieram. Foi o início da guerra. Foi então que João Lourenço, o presidente da República Popular de Angola, foi mandatado pela União Africana para mediar o conflito. Os presidentes Félix Tshisekedi da RDC e Paul Kagame do Rwanda vieram a Luanda e a acção do presidente João Lourenço foi bem sucedida.
Que pena não haver líderes europeus tão prestigiados e tão eficazes como foi João Lourenço, para mediar o doloroso e destruidor conflito que decorre no território ucraniano.

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