O 22º Campeonato
Mundial de Futebol da FIFA vai ter início no Qatar no próximo dia 20 de
Novembro e terá a participação de 32 equipas, entre as quais a equipa
portuguesa.
Nesta altura, em
que estamos a menos de duas semanas do início da prova, cada uma das federações
nacionais participantes começou a fazer a escolha dos jogadores que integrarão
as suas equipas.
Em nenhum país a
escolha dos jogadores teve tanto destaque na comunicação social
como no Brasil. De facto, enquanto essa escolha não mereceu notícia ou não teve
mais do que uma nota de rodapé na imprensa na generalidade dos países
participantes, na imprensa brasileira a notícia teve larga cobertura nas
primeiras páginas de todos os jornais, com as fotografias dos eleitos de quem
os brasileiros esperam a conquista do hexa,
uma vez que, até agora, já conquistaram cinco dos vinte e um campeonatos
anteriores.
A edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo destaca a
fotografia do seleccionador brasileiro e apresenta um gráfico de barras que
indica o número de jogadores escolhidos por campeonato nacional em que jogam,
verificando-se que os 26 jogadores escolhidos actuam na Inglaterra (12), na
Espanha (5), na Itália e no Brasil (3), em França (2) e no México (1), mas com
a particularidade de sete deles já terem jogado em equipas portuguesas.
Depois das
eleições de 30 de Outubro, em que o eleitorado brasileiro se dividiu entre Lula
e Bolsonaro e em que se disse que o Brasil estava partido ao meio, alguns comentadores avançaram que o Mundial do Qatar poderia unir
os brasileiros em torno de um interesse comum que é a sua paixão pelo futebol e
o seu entusiasmo pela conquista do hexa.
A imprensa
brasileira já está a dar uma boa ajuda para essa unidade nacional.
Um problema aqui no Brasil é que os símbolos nacionais brasileiros como a bandeira e a camisa da selecção foram "sequestrados" pela extrema-direita bolsonarista e tornaram-se símbolos de ódio. Uma parte dos brasileiros não se identificam neste momento com esses símbolos e só o tempo vai dizer se vamos ter paz no país.
ResponderEliminarCampeonato atípico em tudo ... no lugar, no tempo, nas circunstâncias. Um erro já admitido pela maioria dos adeptos e dirigentes.
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