O futebol é,
certamente, o mais importante fenómeno social do nosso tempo. As suas
características, simultaneamente de espectáculo artístico e de jogo, geram um
entusiasmo único e universal, mesmo nos países e regiões onde ainda não
conquistou a unanimidade do gosto popular. Por isso, a vitória da Argentina no
Qatar 2022 ocupa as primeiras páginas dos jornais de todo o mundo, incluindo
alguns países onde o futebol ainda não foi adoptado pelas elites e não
conquistou as multidões, como acontece nos Estados Unidos, na China, na Índia
ou na Indonésia.
Todos os grandes
jornais mundiais de referência destacam hoje a vitória argentina e desfazem-se
em elogios a Lionel Messi que, na realidade, tem um talento futebolístico
único. Habituados a ver que as notícias argentinas que nos chegam se costumam
referir a crises económicas, a bancarrotas, a hiperinflações ou a situações de
instabilidade política, quem imaginaria que o The Washington Post ou o The
Wall Street Journal, bem como o The
Times of India ou o China Daily,
viessem hoje destacar nas suas edições o futebol e a Argentina, mas também a
figura de Lionel Messi? São sinais dos tempos, que podem inspirar novas soluções,
para novas situações. Assim, bom seria que o conflito que está a destruir a Ucrânia
e a levar a dor à população ucraniana, pudesse ser resolvido de forma semelhante
a um jogo de futebol, com ou sem prolongamento, com ou sem penaltis.
Não é tolerável
que no território da Ucrânia haja tanta teimosia, tanto sofrimento e tanta destruição, ao
contrário do que aconteceu no Qatar, onde houve tanta arte, tanta alegria e
tanta festa.
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