A Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) adoptou em 1972 a
Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, com o objectivo de
proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excepcional. Porém,
só em 1980 é que Portugal ratificou aquela convenção e, desde então, teve 17
sítios classificados que passaram a integrar a Lista do Património Mundial.
Actualmente a
Unesco tem 1157 sítios do património material classificados, sendo 900
culturais, 218 naturais e 39 misturados, os quais se localizam em 167 países.
No ano de 2005 a
Unesco classificou o Centro Histórico de Macau que passou a integrar a Lista do
Património Mundial, pois “oferece um testemunho único do encontro de
influências estéticas, culturais, arquitectónicas e tecnológicas do Oriente e
do Ocidente”, destacando-se “as suas ruas históricas, edifícios residenciais,
religiosos e públicos portugueses e chineses”, mas também uma fortaleza e um
farol, que é o mais antigo da China.
Entretanto, o
crescimento da volumetria do espaço urbano macaense e a ganância de alguns
construtores macaenses, tornaram-se uma ameaça em relação aos princípios que
norteiam as classificações da Unesco. Daí que, devido às pressões da
organização sobre as autoridades locais, uma equipa de investigadores veio
propor a redução da altura dos edifícios na área envolvente do farol da Guia,
bem como a criação de sete “corredores visuais” para garantir que a integridade
do farol fosse protegida. Hoje, o jornal Tribuna de Macau, mas também outros
jornais macaenses destacaram esta notícia e publicaram a fotografia do farol da
Guia, construído pelos portugueses em 1870.
Sem comentários:
Enviar um comentário