A edição
dominical do The Daily Telegraph, um tablóide publicado em Sydney pela News
Corporation de Rupert Murdoch, é apenas um dos muitos jornais que hoje destacam
a coroação de Carlos III como o novo rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda do Norte e o novo chefe da Commonwealth, uma organização
intergovernamental de 56 países, entre os quais há quinze, designadamente o
Canadá e a Austrália, que o reconhecem como Chefe de Estado.
Charles Philip
Arthur George, agora Carlos III, tem 74 anos de idade e sucede à rainha Isabel
II, a sua mãe, que reinou durante mais de setenta anos e que, com 96 anos de
idade, faleceu no passado dia 8 de setembro de 2022. Depois do prestígio da rainha
Isabel II e da turbulência que o mundo atravessa, bem como a instabilidade
política e social que perturba o Reino Unido, é enorme o desafio de Carlos III, até porque no número 10 de Downing Street não estarão figuras como Winston Churchill ou Margareth Thatcher.
A Monarquia é uma
instituição de fortes raízes na sociedade britânica, embora haja alguns
sectores minoritários que defendem que é tempo de promover a sua abolição.
Depois do longo reinado de Isabel II, houve dúvidas sobre o futuro do sistema
monárquico britânico, devido a alguns escândalos que têm envolvido a Família
Real, mas a imponência do cerimonial da coroação de Carlos III e da rainha com
sorte que tem 75 anos de idade e que antes se chamou Camila Parker Bowles,
devem ter restituído uma boa parte do orgulho britânico em relação à sua
Monarquia, o mesmo se verificando em vários países da Commonwealth.
Os britânicos é
que sabem como querem organizar-se, isto é, se preferem o modo monárquico ou o
modo republicano mas, a esta distância e esquecendo algumas malfeitorias que
“os nossos velhos aliados nos fizeram”, associamo-nos à festa da Casa de
Windsor e também dizemos: God save de King!
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