A depressão Aline passou por Portugal e durante dois
dias e meio fez alguns estragos, mas não causou vítimas nem desalojados,
limitando-se a chuva intensa, inundações e algumas quedas de árvores, mais uns
tantos voos cancelados. Segundo foi divulgado pelos serviços de protecção civil
registaram-se 3470 ocorrências, o que nos deixa a pensar que cabe tudo no
conceito de ocorrência, isto é, o que ocorre e o que não ocorre. Alguns
responsáveis políticos, com o autarca Moedas à cabeça, aproveitaram a oportunidade
e agarraram-se à Aline para
aparecerem e serem vistos nas televisões.
Entretanto, a Aline deslocou-se para Espanha onde
também causou o mesmo tipo de estragos por todo o país, com a cidade de Madrid
a bater o recorde de chuva num só dia, pois caíram 100,1 litros de água por
metro quadrado.
A agitação marítima
foi muito intensa, sobretudo na orla da baía da Biscaia, como hoje salientou a
edição do jornal El Diario Montañés que se publica em Santander, ao anunciar que
o vento registou uma velocidade de 107 quilómetros por hora e que, no mar, as
ondas atingiram 20 metros de altura. Em contraste com a imprensa que está
envolvida no conflito do Médio Oriente, o jornal decidiu publicar uma pacífica
fotografia alusiva aos efeitos da depressão Aline
no mar da costa da Cantábria, mostrando que o fotojornalismo existe.
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