domingo, 22 de outubro de 2023

Fluxos migratórios em busca da Europa

São conhecidos os fluxos migratórios que nos últimos anos se têm dirigido para a Europa para fugir à fome e à guerra. Milhões de asiáticos e de africanos, mas também sul-americanos e ucranianos têm procurado uma vida melhor no espaço europeu. 
Nessas circunstâncias, a ilha italiana de Lampedusa que fica situada apenas a cerca de 200 quilómetros da costa tunisina, tornou-se uma ponte entre a África e a Europa, tendo deixado de ser um paraíso turístico para se tornar num símbolo de crise humanitária, ou da grave crise da própria Europa. Desde o início do corrente ano chegaram à ilha de Lampedusa mais de 120.000 migrantes e, recentemente, num só dia, chegaram à ilha cerca de seis mil pessoas em 120 embarcações diferentes. Não tem havido resposta a esta crise e os apelos do Papa e das Nações Unidas não têm sido suficientes para alertar os dirigentes europeus. 
Porém, a ilha de Lampedusa é apenas o símbolo deste grave problema, que está presente em outras áreas da periferia da União Europeia, por exemplo nas ilhas Canárias. A ilha de Lanzarote encontra-se a cerca de 140 quilómetros da costa africana e, por isso, o fluxo migratório que procura a Europa também tem procurado as ilhas Canárias.
O jornal Canarias7, que se publica em Las Palmas, destaca hoje que uma canoa motorizada a que localmente chamam cayuco, chegou ontem às Canárias com 320 migrantes, o que constitui um recorde, mas também um desafio às regras mínimas de segurança. Além disso, o jornal acrescenta que “otros 532 inmigrantes de origen subsaharianos han llegado este sábado en dos cayucos a El Hierro, con 212 y 320 personas, respectivamente, y un grupo de 98 ha sido desembarcados en el puerto de Los Cristianos, en Tenerife, tras ser socorridos en aguas del Atlántico por efectivos de Salvamento y la Guardia Civil”. Aqui está um problema maior, que deveria merecer a atenção da União Europeia.

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