São conhecidos os
fluxos migratórios que nos últimos anos se têm dirigido para a Europa para
fugir à fome e à guerra. Milhões de asiáticos e de africanos, mas também
sul-americanos e ucranianos têm procurado uma vida melhor no espaço europeu.
Nessas circunstâncias,
a ilha italiana de Lampedusa que fica situada apenas a cerca de 200 quilómetros
da costa tunisina, tornou-se uma ponte entre a África e a Europa, tendo deixado
de ser um paraíso turístico para se tornar num símbolo de crise humanitária, ou
da grave crise da própria Europa. Desde o início do
corrente ano chegaram à ilha de Lampedusa mais de 120.000 migrantes e,
recentemente, num só dia, chegaram à ilha cerca de seis mil pessoas em 120
embarcações diferentes. Não tem havido resposta a esta crise e os apelos do
Papa e das Nações Unidas não têm sido suficientes para alertar os dirigentes
europeus.
Porém, a ilha de Lampedusa é apenas o símbolo deste grave problema,
que está presente em outras áreas da periferia da União Europeia, por exemplo
nas ilhas Canárias. A ilha de Lanzarote encontra-se a cerca de 140 quilómetros
da costa africana e, por isso, o fluxo migratório que procura a Europa também
tem procurado as ilhas Canárias.
O jornal Canarias7, que se publica
em Las Palmas, destaca hoje que uma canoa motorizada a que localmente chamam cayuco, chegou ontem às Canárias com 320
migrantes, o que constitui um recorde, mas também um desafio às regras mínimas de
segurança. Além disso, o jornal acrescenta que “otros
532 inmigrantes de origen subsaharianos han llegado este sábado en dos cayucos a El Hierro, con 212 y 320
personas, respectivamente, y un grupo de 98 ha sido desembarcados en el puerto
de Los Cristianos, en Tenerife, tras ser socorridos en aguas del Atlántico por
efectivos de Salvamento y la Guardia Civil”. Aqui está um problema maior, que
deveria merecer a atenção da União Europeia.
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