Como aqui
escrevemos há dias, o conflito do Médio Oriente entre Israel e o Hamas é o mais
sério conflito de todos os que estão a acontecer no mundo e “o pior que podemos
fazer é tomar partido”, segundo declarou hoje ao JN o cardeal Américo Aguiar. De facto, tudo o que tem acontecido em
Gaza e em outros locais do Médio Oriente é demasiado mau e desumano. Há que
fazer tudo o que for possível para moderar e apaziguar os radicais de ambos os
lados, bem como parar os comentários a favor da retaliação e da destruição,
porque a maioria dos judeus e dos palestinianos são gente pacífica e não querem
a guerra. De resto, por todo o mundo, vão-se levantando as vozes contra a
guerra e a favor da reconciliação entre israelitas e palestinianos, voltando a
falar-se na criação de um estado judaico e de um estado árabe naqueles
territórios.
Na sua edição de
hoje, o jornal catalão ara, a propósito daquele conflito e com o título “compromisso para a
paz”, escreve na sua primeira página que “no actual contexto de guerra, a força
e a validade da arte são um grito de liberdade” e destaca a palavra “paz”. Por
isso, o jornal dedica essa edição a uma dupla grande exposição que foi
inaugurada em Barcelona na passada sexta-feira, sobre a obra, a amizade e as
convergências que durante mais de cinquenta anos ligaram Pablo Picasso e Joan
Miró, os dois artistas espanhóis que transformaram a arte do século XX. A exposición Miró-Picasso é uma iniciativa
conjunta do Museu Picasso e da Fundação Joan Miró, ambos localizados em
Barcelona, reunindo um conjunto de quase 300 obras, das quais quase metade foi
cedida por colecções públicas e privadas de todo o mundo. A exposição acontece
em simultâneo naquelas duas instituições de Barcelona e estará patente até ao
dia 25 de Fevereiro. Assim, o leitor tem cerca de quatro meses para visitar a
capital da Catalunha e, entre outras coisas, visitar a exposición Miró-Picasso.
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