O jornal New
York Post, um tablóide conservador americano que é o nono jornal de
maior circulação nos Estados Unidos, é também o mais antigo jornal do país,
pois foi fundado em 1801. Nos últimos tempos, o jornal tem-se destacado por
tomar parte na campanha para as eleições presidenciais, por promover notícias e
comentários contra o presidente e candidato Joe Biden. Há poucos dias
chamava-lhe “velho” e, na sua edição de hoje, de forma depreciativa, chama-lhe “a
marca”. Diz o jornal que Tony Bobulinski, um parceiro de negócios da família
Biden, testemunhou no inquérito que está em curso visando Joe Biden, que foram
feitos negócios em que “o vice-presidente Joe Biden era a marca que o filho
Hunter e o irmão James estavam a vender por todo o mundo”, o que o jornal
ilustra com uma embalagem de detergente da “marca Biden”.
Esta notícia é
uma curiosidade em dois sentidos. Por um lado mostra como há quem se aproveite
das suas ligações pessoais ou políticas para abrir portas e fazer negócios e,
por outro, mostra como a imprensa escrita, ou televisiva, aproveita estes casos
para difamar um qualquer cidadão com objectivos políticos, antes de ser provada
a sua culpabilidade. Neste caso, uma declaração de um tal Bobulinshi serviu
para “queimar Biden” perante os leitores do New York Post.
Por cá temos
ambas as coisas como mostram dois casos recentes, isto é, temos gente que se
aproveita do nome do pai para meter cunhas ou fazer negócios, mas também temos canais
televisivos e jornalistas que se prestam a entrevistar ex-gestores da TAP, fora
de tempo e com evidentes objectivos político-partidários.
A lição é
simples: não há informação independente e temos que duvidar cada vez mais
daquilo que dizem as televisões, os jornais e a internet.
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