A Convenção
Nacional do Partido Democrata termina hoje em Chicago com a oficialização da
candidatura de Kamala Harris para defrontar Donald Trump, cuja candidatura fora
oficializada há pouco mais de um mês em Milwaukee. Na sua edição de hoje o
jornal francês Libération, destaca em manchete que “Kamala chega, Donald
treme”, enquanto vários analistas têm referido que a campanha vai agora
começar.
Nunca em Portugal
se falou tanto de um país estrangeiro ou de umas eleições que nele se realizam,
como tem acontecido nas últimas semanas, sobretudo devido à programação da CNN
Portugal, um canal televisivo que dedica tanto tempo às eleições americanas que
até parece que os portugueses vão votar, ou que Portugal é o 51º estado dos
Estados Unidos. É um exagero e, como consequência, não se trata de Informação
mas antes de uma prática a que se vem chamando Desinformação.
Os americanos
irão escolher o seu presidente, homem ou mulher, mas qualquer que seja a sua
escolha, o modo de vida americano continuará, a solidez das suas instituições
políticas manter-se-à, os grupos de pressão serão os mesmos e a sua política externa e as suas alianças não se vão
alterar significativamente. O estilo presidencial pode mudar, mas com republicanos ou com
democratas no poder, o mundo continuará a olhar para os Estados Unidos da mesma forma.
O sistema
político americano assenta na alternância do poder e, nos últimos anos, viveram
na Casa Branca, fazendo dois mandatos presidenciais, os presidentes Bill
Clinton (D), George W. Bush (R) e Barack Obama (D). Em 2017 seguiu-se Donald
Trump (R) que não foi reeleito e em 2021 foi eleito Joe Biden (D) que desistiu
da sua recandidatura. O que vier a acontecer será uma novidade, quer seja o
regresso de Trump à Casa Branca, quer seja uma mulher pela primeira vez na
presidência. O que não há dúvidas, como o Libération hoje sugere, é que Kamala
chegou e Donald treme.
E certo que os portugueses não votam. Mas se fossem só eles a votar naqueles dois, seria muito interessante saber qual ganharia, atendendo ao "deve" e "haver" de cada um, mesmo com base na informação (em excesso, concordo) que não vai dando uma boa parte da nossa comunicação social..
ResponderEliminar