O território
palestiniano situado a oeste do rio Jordão que é designado por Cisjordânia, ou West
Bank, está ocupado militarmente por Israel, o que é ilegal à luz do Direito
Internacional e das Resoluções das Nações Unidas.
O território é
governado pela Autoridade Nacional Palestiniana presidida por Mahmoud Abbas mas,
para além do seu controlo militar, o governo de Netanyahu decidiu agora lançar
operações aéreas e terrestres em grande escala a que chamou operações antiterroristas.
Assim, invadiu as cidades de Jenin, Nablus, Tubas e Tulkarem e outras áreas
cisjordanas, com o apoio da aviação, de helicópteros e de veículos armados.
Segundo os relatos de alguma imprensa internacional trata-se de “um dos ataques
mais violentos em décadas na Cisjordânia” e o jornal Kuwait Times escreveu em
título de primeira página que “Zionist terror hits West Bank”, o que significa
que o terror atingiu a Cisjordânia. O insuspeito jornal The Washington Post escreveu ontem em primeira página que “massive Israeli raids kill at least 10”.
Alguns
podem compreender a luta contra o Hamas que governa a Faixa de Gaza, como um
direito de resposta israelita aos massacres e raptos de 7 de outubro, embora todos
considerem injusto, excessivo e cruel o que tem sido feito ao povo
palestiniano.
Outros
podem compreender a reacção de Israel perante a ameaça do Hezbollah, uma
organização política e paramilitar fundamentalista islâmica instalada no sul do
Líbano.
Porém,
ninguém compreende as acções israelitas nos territórios cisjordanos governados
pela Autoridade
Nacional Palestiniana onde já morreram mais de 650
palestinianos, desde o dia 7 de outubro. E ninguém compreende os silêncios de Joe
Biden, de Ursula von der Leyen, de Emmanuel Macron, de Olaf Scholz e de tantos
líderes que se comportam como cúmplices do massacre ao povo palestiniano.
Ainda ninguém propôs â ONU que para a candidatura a altos cargos políticos fosse exigido uma declaração de bom comportamento?
ResponderEliminarBom, isto ia com certeza levantar outros problemas ainda de mais difícil solução: como estabelecer o critério.
E estes verdadeiros criminosos continuam a dar largas à sua crueldade com a complacência de quem tem poder nas mãos e impotência de quem nada pode fazer.