Foi recentemente publicado “O estado a que o Estado chegou”. Trata-se de um livro que agrega um conjunto de textos resultantes de uma investigação conduzida por jornalistas do Diário de Notícias, com o objectivo de fazer um retrato do Estado no contexto nacional.
O livro mostra claramente como o Estado cresceu nos últimos anos e como o seu peso na economia nacional se tornou um real problema ao consumir cerca de 50% dos recursos nacionais, com défices elevados e crescente endividamento, além de revelar uma eficiência não satisfatória em muitos dos serviços prestados.
O Estado vive dos nossos impostos e nós confiamos que esse dinheiro seja utilizado com critérios de boa gestão financeira. Mas isso nem sempre acontece. E nós assistimos a esse descalabro.
O Estado gasta em negócios ruinosos, esbanja em obras públicas sem sentido, alimenta organismos desnecessários e apoia tudo e todos, além de pagar mordomias injustificadas sem conta, como são os carros, as viagens, os telemóveis, os cartões e muitas outras benesses.
O Estado gasta mais do que tem, acumula dívidas e, depois, exige-nos mais impostos. É injusto para com os que trabalham com a noção do serviço público e é tolerante para com os parasitas e corruptos que dele se servem.
Embora o livro tenha um estilo muito ligeiro e um rigor pouco académico, abre muitas perspectivas de apreciação e revela várias facetas daquilo que o Estado tem de pior e que tanto nos custa: o despesismo, o clientelismo, o facilitismo, a impunidade e a irresponsabilidade.
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