Portugal foi, no ano de 2010, o segundo país que mais cresceu em vendas de automóveis na União Europeia. Os portugueses compraram 223.491 novos carros ligeiros de passageiros, isto é, mais 38,8% do que em 2009, enquanto o mercado europeu retrocedeu 5,5%. Pode dizer-se que, mesmo sob o efeito da crise económica e com a crise política à vista, ou talvez por isso, “toda a gente” comprou carro novo em Portugal. Foi um festim!
Entretanto, hoje discutem-se os gravíssimos problemas de financiamento da economia portuguesa, com os juros a atingir novos máximos e com a forte possibilidade de se poder verificar uma ruptura de tesouraria nos cofres do Estado e das empresas. Crise e recessão estão à vista. Apesar disso, as marcas de automóveis inundam os painéis publicitários portugueses, certamente depois de terem feito os seus estudos de mercado. É anunciado, por exemplo, o novo Audi A6 que será vendido com um preço a partir de 50.950 euros.
Não compreendo a racionalidade do mercado automóvel, nem a racionalidade dos consumidores ou, então, esta campanha é apenas uma “prova de vida” da marca alemã.
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